Um
navio finge que é
Peixe
desmergulhado
Gaivota
com vento no rosto
Baleia
que esguicha água
Tubarão
cheio de tudo dentro
Girafa
de pescoço comprido
Piscina
em dia de tempestade
Casa,
todo dia, o dia todo
Navio
é uma fingição que só
Um
faz de conta de assombração
Um
contador de causo
Um
apito de desespero
Assim,
um sai da frente
Que
corre cheio de nós
Uma
fingição que marinheiro não quer saber
Fingido
que é, o marinheiro
Finge
que sabe da fingição maior
Mas
dela não quer saber
Pois
marinheiro é navio
Nas
histórias que vai contar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário