Observar o
profundo intervalo entre duas enormes vagas no meio mar.
Ver as surpresas
do fundo emergirem em ondas.
Sentir o navio
balançar cargas imaginárias.
Ver ao longe um
navio desconhecido passar.
Ouvir ventos de
virar o mar.
Dobrar todos os
bojadores e ir a mais do medo.
Sentir falta,
ser estrangeiro, suave desconhecido.
Imaginar areias
dos desertos além do olhar.
Verbos de tempo
presente, que nos deixam só com as melhores perguntas, aquelas sem resposta.