domingo, 27 de setembro de 2015

Encontros





O mar e a areia

O navio e a água

O olhar e o céu

Humano e o tempo

O sal e o ferro

A pergunta e a dúvida

A boca e o som

O ouvido e o silêncio

Os pés e o chão

As pernas e o balanço

A minha vida e a sua

Nós e o presente

A pressa e o passado

O cavalo e o marinho

O pensamento e a imaginação

Agora e nada mais.





quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quando a palavra não vem




Baleia não combina com arpão

Tsunami não combina com o humano

Pessoas não se combinam sem palavras

O que o mar fala depende de onde vem seu olhar

Da praia diz coisas em ondas

Do meio dele palavras se perdem no olhar


Pessoas e mar se confundem


Ou são a mesma coisa, quando a palavra não vem, não sai, não quer falar.








terça-feira, 8 de setembro de 2015

São líquidos os seus olhos





São líquidos seus olhos

Mar azul, desconhecido

Toda história em silêncio

Rugas de viver

Não sei quem é você

Você também não se sabe

Nunca nos vimos

É simples, é mar e onda

Mesmo sem você me ver

Eu me confirmo em seu olhar.



terça-feira, 1 de setembro de 2015

Encontros



     


     Lá pelo início da madrugada o imenso petroleiro riscava o oceano em rastros de luz. Milhares de minúsculos seres divertiam-se ao serem tocados pelo costado do navio. Cada um acendia-se em festa luminosa e o tempo passava em suspiros de única testemunha. Em todas a direções apenas grandes distâncias e a vida a festejar.

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Os companheiros de mar conhecem bem estes encontros, não é?