Olha
assim o mar em silêncio como se ele nunca é a mesma pessoa, e não é. Não tente
lhe dar conselhos, apenas o silêncio. Escuta atentamente a água salgada com
todos os seus sentidos. Se possível não tenha medos descabidos, tenha respeito
e a distância certa. Se observar seus movimentos vai saber quando ele vai
virar. É da natureza dele crescer-se em ondas, a sua é navegar. Ora lhe flutua,
ora lhe afunda por sua substância, não por intenção ou caráter. Aquilo que lhe
ameaça é a sua condição de vivo, jamais o mar.
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