sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Sobre a navegação

     Sobre planejamentos de rumos a seguir na vida talvez valha se falar sobre o leme, as águas rasas e as águas profundas. Nestas últimas, em momento de travessia, o leme, em piloto automático, regularmente vai a poucos graus de um lado para outro, assim também vai o navio em seu rumo, tentando seguir uma linha imaginária, desenhada em carta náutica. Nas rasas, em navegação restrita, timoneiro atento, a linha é imprescindível. Mais leme e menos tolerância a saídas do rumo, até à exata ordem "marca assim como vai", sem tolerância nenhuma a qualquer desvio. No navio, ainda que se saiba para onde se vai, vez ou outra chega um telegrama (claro, hoje já não é assim) indicando mudança de rota. Pode também o navio adoecer os ferros, encalhar, afundar e nunca chegar ao destino. Simples assim, não é Ana Maria?
*Peço desculpas aos marinheiros pelo linguajar menos cuidadoso com as coisas de bordo. Cuidei de tentar fazer as linhas mais claras para quem nunca bebeu água do peak tank de vante.


* Imagem cedida pelo marinheiro Joca D S.