Durante uma travessia
em oceano maior, lá pelo meio da tarde de um dia comum, chegou pequeno
telegrama ao piloto de folga. Bateu o telegrafista a sua porta, balançando
o transparente papel branco. Nasceu sua filha Mariana, já cheia de
saudades, assim como eu, dizia a mensagem. O rapaz com olhos a marejar, sabendo
que só sentiria o cheiro do quintal de casa meses depois, botou-se a
suspirar. Chamou todos pois aquela alegria precisava
de testemunha. Lá ia o navio, empurrando a água, cada vez mais
longe de casa, a chaminé a suspirar.
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